Um cenário preocupante para os armadores

Já reduzidos, armadores listam resultados negativos mostrando que ainda podemos esperar pelo pior

"O ano de 2016 foi difícil, com a entrada de novos navios e a saída de navios antigos", revelou a subsidiária da Grimaldi, a ACL (Atlantic Container Line). De acordo com a companhia que esperou resultados rentáveis, confirmou que foi difícil alcançar esse patamar. Mesmo assim, com base nos primeiros resultados de 2017, a ACL disse esperar que este ano seja substancialmente melhor.

Não muito diferente, durante 2016, o volume de negócios da OOCL (Orient Overseas Container Line) caiu 10% para US$ 4,7 bilhões, apesar de um volume de negócios um pouco maior no quarto trimestre. Enquanto os transportes aumentaram 9% para 6,1 milhões de Teus, as receitas por TEU caíram 17% para USD 773. Os dados compilados pela Dynaliners apontam ainda que o lucro (ou perda) ainda não foram publicados pela companhia.

Ainda segundo a publicação, a via de comércio dos transportes da OOCL estavam acima em todos os corredores, com na rota Transpacific (+18%) que cresce mais rapidamente. A receita por TEU foi inversa, com a maior redução - também na mesma rota de (-24%). A Sinotrans Shipping Limited, envolvida no transporte de granéis secos e containers, e subsidiaria da SinoLines, emitiu um aviso de lucro, mas na verdade, como mostrou a Dynaliners, sua perda líquida para 2016 - ainda não divulgada - será substancialmente pior do que a registrada em 2015. “Isso não é um bom presságio, considerando que a perda de 2015 foi de US $ 49,3 milhões”, apontou o relatório.

Os resultados de nove meses do Japão também não são nada positivos. As três gigantes japonesas: "K" Line, MOL e NYK, não foram muito promissoras, apesar de terem registrado melhorias substanciais em comparação com os trimestres anteriores. De acordo com o relatório, nas operações de containers, as perdas ou ganhos operacionais das companhias foram relativamente pequenos (entre menos de USD 20 milhões e mais USD 49 milhões). “Durante os meses de outubro a dezembro, por exemplo, devido a perdas por redução de valor ou prejuízos em outras atividades, os resultados gerais da "K" Line e da NYK foram dramáticos”, apontou.

A divisão de containers da linha "K", por exemplo, alcançou um faturamento de JPY 381,4 bilhões (US$ 3,3 bilhões), que, medido em JPY (ienes), representa um declínio de 21%. Apesar de um terceiro trimestre bom, a perda operacional quase que dobrou para 54,6 bilhões (US$ 204 milhões) em relação ao ano anterior.

A nível consolidado, o relatório traz uma situação ainda mais decepcionante, com uma perda líquida de JPY de 54,5 mil milhões (USD 466 milhões). A publicação destacou ainda que o pequeno lucro líquido do terceiro trimestre em USD foi resultado das mudanças nas taxas. “Com 2,4 milhões de Teus, os transportes da "K" Line registaram uma média anual de 4,5% superior, apesar de uma redução semelhante na rota Europa-Extremo Oriente (dois sentidos). Os levantamentos transpacíficos foram 9% maiores, enquanto os demais negócios da empresa cresceram 5,3%”.

A receita da MOL em operações com containers (em ienes) caiu 20% em relação ao ano anterior para US$ 446,2 bilhões, enquanto seu resultado operacional negativo cresceu 42% (em JPY) para JPY 26,1 bilhões (US$ 223 milhões). Para a Dynaliners, no entando, os bons resultados do terceiro trimestre, incluindo suas outras atividades, no entanto, elevaram o total da empresa de volta para o negativo, com um lucro de JPY 19,0 bilhões (USD 162 milhões).

Já a divisão de linha da NYK registrou um faturamento de JPY 430,5 bilhões (USD 3,7 bilhões), uma redução em moeda local de 21%. “Apesar do resultado positivo para suas operações de containers no terceiro trimestre, a NYK registrou um prejuízo operacional de JPY 11,3 bilhões (US $ 97 milhões)”, disse. Culpando por essas perdas de imparidade significativas na sua frota, tomadas de decisão no segundo trimestre. “A empresa registou um resultado líquido de menos JPY 226 mil milhões (USD 1,9 mil milhões)”.

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