As mudanças dos TOP 25 da navegação mundial
Desde o último relatório no ano passado, algumas mudanças foram sentidas
Excesso de capacidade, navios cada vez maiores, taxas extremamente baixas, maturação, impressão 3D, robotização. O transporte de containers tem enfretado muitas ameaças. Mas, enquanto houver água e comércio em todo o mundo, haverá empresas de transporte marítimo com linhas regulares. É o que traz o “Top 25 Container Liner Operators" da Dynamar. Atualizando a sua TOP Lista, as 25 maiores operadoras de carga em containers do mundo de acordo com o Relatório Dynaliners detêm 87% da capacidade mundial de containers.
As maiores empresas de transporte marítimo do mundo montam e remontam suas histórias, mudam os personagens, se desenvolvem, reveem estratégias, relacionamentos e performances. O relatório abre com um resumo das 25 principais transportadoras. De olho na catástrofe financeira em construção, o estudo aponta uma perda líquida registrada em 2015 envolvendo centenas de milhões de dólares. Mas destaca que uma catástofre ainda pior está por vir. Em 2016, por exemplo, o resultado líquido combinado de doze linhas caiu mais de US$ 13 bilhões.
Não é de se admirar, ressalta o relatório que aponta que durante o mesmo período as taxas spot cotadas para 10.500 milhas náuticas na perna Shanghai-Rotterdam foram de USD 618 por TEU em média. Isso equivale a menos de US$ 6 centavos por milha náutica. As cotações variaram entre um nadir de US $ 205, em março, e um zénite de US$ 699 em julho. “Qual transportadora poderia sobreviver com isso?”
Novas alianças
Em janeiro de 2015, quatro alianças Leste-Oeste começaram: 2M - Maersk Line, MSC/ Aliança de CKYHE - Coscon, Evergreen, Hanjin, linha de "K", Yang Ming/ Aliança G6 - APL, Hapag-Lloyd, Hyundai, MOL, NYK, OOCL/ e Ocean Three - China Shipping, CMA CGM, UASC.
Menos de um ano e meio depois, em abril/ maio de 2016, outras operadoras relevantes anunciaram reestruturações drásticas em seus agrupamentos: a China Shipping fundiu-se com a Coscon; a APL foi adquirida pela CMA CGM; a UASC se fundiu com a Hapag-Lloyd e a Hamburg Süd está em negociação de venda com a Maersk – que ainda espera a consolidação da compra em 2017. Fora isso, o mercado recebeu a triste notícia da falência da Hanjin, em setembro.
E os efeitos ainda serão sentidos em abril desse ano. “Estando todos bem e com a permissão do FMC já em seus bolsos, estas três novas Alianças começarão a operar a partir de 1 de abril de 2017”, aponta a Dynamar.
Consolidação em pleno andamento
Um desenvolvimento sem precedentes, fora das alianças existentes, as mudanças sentidas na navegação mundial são enormes tendo empurrado as mudanças já sabidas pelo mercado. Todos atualizados ou iniciados no espaço de um único ano (2016), que viu seis das 20 grandes linhas originais irem embora.
China Shipping com a Coscon (Fevereiro)
- Aquisição da APL pela CMA CGM (Junho)
- A “quebra” da Hanjin (Setembro)
- Incorporação da UASC na Hapag-Lloyd (1T2017)
- A joint venture proposta entre "K" Line, MOL e NYK (setembro de 2017)
- A intenção da Maersk Line de adquirir a Hamburg Süd (final de 2017)
A Dynamar aponta que no período de todas as mudanças as empresas menores “estão sob grande pressão” considerando a consolidação prevista para 2017, que “promete tornar-se um ano mais emocionante”. A conclusão do reltório é que as alianças realizadas ou por se realizar, “são um capítulo separado”
Confira a lista das Top 25, divulgada por Dynaliners:
1ª Maersk Line, com 631 navios
2ª MSC, com 484 navios
3ª CMA CGM, com 448 navios
4ª CoscoCS, com 290 navios
5ª Evergreen, com 188 navios
6ª Hapag-Lloyd, com 167 navios
7ª Hamburg Süd, com 116 navios
8ª OOCL, com 97 navios
9ª Yang Ming, com 100 navios
10ª UASC, com 55 navios
11ª NYK, com 99 navios
12ª MOL, com 79 navios
13ª Hyundai, com 66 navios
14ª PIL, com 139 navios
15ª “K” Line, com 60 navios
16ª ZIM, com 65 navios
17ª Wan Hai, com 87 navios
18ª X-Press Feeders, com 99 navios
19ª KMTC, com 64 navios
20ª IRISL, com 48 navios
21ª SITC, com 76 navios
22ª T.S. Lines, com 38 navios
23ª Arkas, com 41 navios
24ª Simatech, com 20 navios
25ª Transworld, com 34 navios
No comparativo com a lista anterior (Leia no Guia), algumas companhias perderam posições e navios, enquanto outras escalaram a lista. Algumas, como a Hanjin já saíram da lista.
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