Depois de quase 70 dias sem receber navios devido à maior estiagem já registrada nos rios do Amazonas, o Porto Chibatão voltou à atividade nesta semana. Na terça-feira (26), atracou o Mercosul Suape (Mercosul), seguido pelo Jacarandá (Log-In) nesta quarta-feira (27), movimentando 2.080 contêineres. A retomada marca um momento decisivo para a logística regional, reativando o fluxo econômico e garantindo insumos essenciais ao Polo Industrial e ao comércio de Manaus.

Para Jhony Fidelis, diretor-executivo do Grupo Chibatão, este momento reflete a superação de desafios extremos. “A chegada dos primeiros navios ao Porto Chibatão após a maior estiagem da história é um marco não apenas para a logística da região, mas para todo o Amazonas. Agora, com as operações restabelecidas, estamos prontos para fortalecer ainda mais a economia local e regional, reafirmando a importância estratégica de nosso trabalho para a Zona Franca e o comércio.”

Durante a estiagem, o Grupo Chibatão implementou um píer flutuante provisório em Itacoatiara, que se tornou crucial para manter o abastecimento e evitar uma crise econômica maior na região. Em pouco mais de dois meses, a estrutura recebeu 31 navios, movimentando 34 mil contêineres e contribuindo para um recorde histórico de importações no Amazonas, que devem ultrapassar US$ 16 bilhões em 2024.

Segundo Fidelis, a iniciativa é um exemplo de inovação em meio à adversidade. “O píer flutuante foi uma solução emergencial crucial durante a crise hídrica, permitindo que o Amazonas continuasse importando e exportando em níveis históricos. É um legado do Sr. Passarão, nosso fundador, e reflete o DNA de resiliência e inovação que nos define.”

Perspectivas para 2024

Com as operações normalizadas, o Porto Chibatão consolida sua posição como um dos principais eixos logísticos do Brasil, essencial para a economia do Amazonas e a Zona Franca de Manaus. A expectativa é de uma recuperação robusta, com o ano de 2024 sendo lembrado como um marco de superação e inovação para o setor logístico.