DHL Global Forwarding investe em transporte com break bulks para driblar escassez de contêineres
Com a escassez de contêineres, causada por uma série de eventos ligados à pandemia de Covid-19, a cadeia global de suprimentos sofreu um forte abalo. Com isso, os fretes também subiram: serviços que, antes do período, custavam cerca de US$ 1 mil ultrapassaram os US$ 12 mil em alguns casos, impactando também nos prazos de exportação e importação. Ainda em 2021, uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, entre 128 empresas e associações industriais, mais de 70% sofriam com a falta de contêineres ou navios. Além disso, mais da metade das empresas passou por cancelamento ou suspensão de viagens programadas por conta do problema.
Para Claudio Ramos, diretor de Projetos Industriais e Energia Renovável da América Latina da DHL Global Forwarding, a expectativa é que a falta de contêineres persista até 2023. No Brasil, houve uma queda de 5% na proporção de unidades disponíveis aos portos, obrigando muitos navios a retornarem sem estar totalmente carregados para atender aos prazos acordados com os clientes.
Em meio a esse cenário, a DHL Global Forwarding criou uma solução para seus clientes que envolve o uso de navios break bulk, que carregam mercadorias a granel que podem ser grãos ou para mineração como carvão e níquel, por exemplo - e cargas de projeto. Com isso, a empresa oferece uma alternativa que pode gerar economia, agilidade e praticidade para os embarcadores.
“Existem várias situações no transporte internacional que podem se beneficiar deste serviço. Podemos utilizar também o transporte híbrido, que consiste em levar a carga até um ponto em navios Roll-on/Roll-off (embarcações específicas para transporte de veículos automotores) para que sejam transferidas, em balsas, para os break bulks até o destino final, o que pode gerar uma economia de até US$ 200 mil em alguns casos específicos”, diz Ramos.
Mesmo na tormenta, navegar é preciso
Segundo o executivo, os break bulks permitem que a carga seja alocada de maneira mais segura, podendo ser acomodada na parte superior do deck ou mesmo em compartimentos internos. Em casos de fretamento do navio, é possível, ainda, trabalhar com o sistema trabalhar com o sistema last in, first out, que significa que a mercadoria/equipamento será a última a ser carregada no porto de origem no navio e a primeira a ser descarregada no porto de destino para garantir eficiência no tempo de viagem, o que gera mais rapidez nas entregas.
Além disso, por conta do tamanho do break bulk, que pode chegar a 500 pés de comprimento (o que equivale a 150 metros, aproximadamente) e dependendo do tamanho da carga, existe ainda a possibilidade de adquirir contêineres de 20/40 pés no porto de destino para acondicionamento da carga e que podem ser revendidos no destino, o que também traz benefícios financeiros tanto para a agenciadora quanto para o próprio cliente.
“Sempre temos que avaliar o tipo e a quantidade de carga que precisamos transportar para saber qual é a melhor opção para cada caso”, explica Ramos.
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