SETCERGS Relança Comissão de Contêineres para Enfrentar Desafios do Setor de Logística

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (SETCERGS) anunciou a reativação de sua Comissão de Contêineres, uma ação estratégica para abordar e solucionar questões críticas enfrentadas pelo setor de transporte rodoviário e logística. A comissão terá como foco central a gestão de custos, os impactos de novas legislações e as dificuldades operacionais.

A reativação ocorre em um período desafiador para o setor, especialmente após as recentes mudanças regulatórias e o aumento nos custos operacionais, agravados pelos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul. O presidente da comissão, Carlos Mahler, ressaltou a necessidade de criar um fórum de discussão para tratar das principais dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor.

Entre os principais desafios que a comissão pretende abordar estão:

- Condições das Estradas: A má qualidade das rodovias que afetam diretamente a manutenção das frotas.

- Aumento no Roubo de Cargas: Uma crescente preocupação que tem pressionado os custos.

- Legislação sobre a Jornada dos Motoristas: A necessidade de adaptação à nova legislação que limita a jornada de trabalho dos motoristas.

- Restrições nos Terminais Portuários: Restrições que dificultam a operação eficiente das transportadoras.

João Pedro Heck, membro da comissão, destacou a transformação no perfil de atendimento das transportadoras nos últimos anos. "Antes, as transportadoras terceirizavam grande parte das cargas para autônomos, mas essa prática tem diminuído devido à falta de renovação de veículos e migração para outros segmentos", explicou Heck.

Ele acrescentou que o aumento de mais de 100% no valor dos caminhões nos últimos cinco anos, sem uma correspondente elevação nos fretes, tem levado muitas transportadoras a desistirem do segmento de contêineres. "O passivo trabalhista e fiscal crescente também é uma preocupação constante para os empresários", concluiu.

O próximo passo da comissão será trabalhar em sinergia com as empresas do setor para desenvolver soluções conjuntas. Futuramente, o objetivo é levar essas demandas aos órgãos públicos e entidades privadas envolvidas, buscando evitar desabastecimentos e garantir a continuidade operacional.


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