O estudo baseia-se na análise dos anos anteriores e representa uma das análises mais abrangentes do mercado de perecíveis transoceânicos disponível globalmente. O estudo compreende três partes: duas seções separadas sobre os negócios diferentes e de contêineres refrigerados, com base em uma extensa redação e uma seção que analisa a estrutura do mercado convencional.

Depois de lutar por muitos anos e depois de um 2021 relativamente próspero, em 2022, os transportadores de contêineres e os operadores de frigoríficos convencionais tiraram a sorte grande. Com o setor de transporte de contêineres em pleno andamento e muita capacidade absorvida pelo congestionamento, os navios baús não conseguiam fornecer espaço suficiente para transportar todas as cargas que eram oferecidas. Os contêineres eram regularmente rolados para a próxima navegação, presos em terminais ou passavam muito tempo precioso flutuando em frente ao porto de destino, onde todos os cais estavam ocupados e esperando até que pudessem finalmente ser descarregados.

Do ponto de vista da carga, os volumes globais de comércio de perecíveis nos principais grupos de commodities, ou seja, Laticínios, Produtos da Pesca, Frutas, Carnes e Legumes, subiram para um novo recorde de 173,9 milhões de toneladas em 2021, mostrando um forte crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior. de 167,9 milhões de toneladas em 2020. Os volumes cresceram em todos os grupos de commodities, com carne e vegetais apresentando bom desempenho, passando de 32,2 milhões de toneladas e 39,3 milhões de toneladas para 34,2 milhões de toneladas e 42,18 milhões de toneladas, respectivamente. Em termos regionais, houve significativa variedade com as exportações de perecíveis caindo no Extremo Oriente e América Central, enquanto crescendo fortemente na Europa e África.

Apesar do forte desempenho do mercado de perecíveis em 2021, os desafios ainda são muitos. A interrupção da cadeia de suprimentos, embora diminua, ainda está causando problemas em todo o mundo e o papel desempenhado pelos números recordes da inflação está começando a se manifestar na vida cotidiana e no comércio internacional. Como resultado, nos três primeiros trimestres de 2022, o comércio de contêineres caiu quase 2,5%, com os últimos meses apresentando quedas maiores do que no início do ano. Do lado da oferta, é o fim dos congestionamentos, aliado à queda da demanda, que faz com que a escassez de navios diminua. Onde no pico cerca de 12% da capacidade dos navios estava congestionada, em novembro de 2022, a frota parada se aproximava de 500.000 TEU, quatro vezes mais do que nos dois primeiros meses daquele ano.

Olhando para o futuro, o comércio marítimo de produtos perecíveis enfrentará desafios. Mas a tendência de longo prazo deve permanecer. A Dynamar prevê que os volumes de exportação de perecíveis cairão ligeiramente em 2022, antes de se recuperar novamente em 2023. No lado da navegação, enquanto para 2023, os estaleiros devem entregar 330 navios com capacidade de 2,3 milhões de TEU e para 2024, 390 navios com espaço para 3,0 milhões de TEU estão em andamento. É provável que o deslizamento ou cancelamento de pedidos reduza as entregas reais, mas ainda em 20% da frota atual, o influxo de nova tonelagem deve perturbar severamente o mercado de transporte de contêineres.

Até certo ponto, o salvador pode vir de um lado inesperado, o regulamento Carbon Intensity Indicator (CII), imposto pela Organização Marítima Internacional, que entra em vigor em janeiro de 2023. Navios frigoríficos convencionais serão ainda mais afetados pelo novo CII regulamento. Geralmente, eles estão velhos e com fome de combustível e muitos deles serão forçados a navegar em velocidades mais baixas do que o mercado exige. Sua vantagem competitiva de ser capaz de fornecer tempos de trânsito mais rápidos com suas viagens diretas do que os operadores de porta-contêineres com seus serviços de linha e formato hub and spoke será perdida. A demolição já está em um nível relativamente alto e é provável que suba ainda mais.

Para obter mais informações, entre em contato com os autores Frans Waals e Jonathan Mummery em info@dynamar.com