Pesquisa da DHL mapeia principais riscos da cadeia de suprimentos em 2018 e perspectivas para 2019
- Primeiro relatório anual de riscos do Resilience360 aponta sete desafios principais e identifica riscos emergentes
- Principais eventos em 2018 incluíram interrupções provocadas pelo clima, ataques cibernéticos além do esperado e paralisações em zonas industriais
São Paulo, maio de 2019: O DHL Resilience360 lançou seu primeiro relatório anual de riscos. O estudo, baseado em dados de risco e incidentes coletados pelo sistema de gerenciamento de riscos baseado em nuvem da DHL, o Resilience360, analisa os principais desafios da cadeia de suprimentos no ano passado e identifica as tendências que moldarão o cenário de risco em 2019. Dentre as principais conclusões, o estudo destaca que as empresas poderão enfrentar custos adicionais e incertezas devido à escassez de matérias-primas, recalls e riscos de segurança, além de regulamentações ambientais mais rígidas.
"O Relatório de riscos anual do Resilience360 resume nossa experiência para o benefício de nossos clientes de uma maneira muito abrangente. A avaliação de riscos e a consolidação da resiliência da cadeia de suprimentos são partes cruciais dos negócios de nossos clientes. Independentemente de onde operam, as percepções do relatório facilitarão a reavaliação do respectivo ambiente de risco", afirma Tobias Larsson, CEO do Resilience360.
Este primeiro relatório analisa os principais riscos da cadeia de suprimentos enfrentados pelas empresas em 2018. Os três principais riscos mundiais foram incertezas com relação a fluxos comerciais, incidentes de segurança cibernética e mudanças climáticas em conjunto com condições meteorológicas extremas. A incerteza no comércio aumentou devido a disputas entre os EUA e outros países, especialmente a China, incluindo novas tarifas de importação unilaterais. A questão ainda em aberto da saída do Reino Unido da União Europeia também está contribuindo para a incerteza, já que as empresas temem congestionamentos nas fronteiras e atrasos nos portos no caso de uma saída desorganizada. No campo da segurança cibernética, um número cada vez maior de incidentes envolvendo a cadeia de suprimentos e a infraestrutura de transporte mostrou a intenção de obter segredos comerciais, fazer chantagem ou causar problemas econômicos. Na área climática, incêndios florestais, secas, baixos níveis de água e derretimento do gelo tiveram os impactos mais significativos nas cadeias de suprimentos.
Antecipando os riscos da cadeia de suprimentos em 2019
O relatório também destaca uma série de ameaças potenciais que podem afetar as empresas em 2019 e no futuro. Primeiro, a crescente demanda por matérias-primas, juntamente com um frágil fornecimento causado por instabilidade política e paralisação de fornecedores, pode resultar na escassez de matérias-primas para materiais cruciais, como lítio, cobalto e adiponitrila. Segundo recalls e ameaças à segurança podem aumentar, conforme uma ampla conscientização pública sobre questões de qualidade e fiscalização mais rigorosa por parte de autoridades em setores altamente regulamentados, como produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, submete os produtos a uma análise mais rigorosa. Por fim, medidas antipoluição pode ser ampliadas em 2019 para uma gama mais ampla de indústrias na Ásia. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA também deve anunciar novos requisitos. Como resultado, regulamentações ambientais mais rígidas aumentarão os custos para empresas em vários setores. Todos esses desenvolvimentos têm o potencial de ameaçar fornecedores e forçar mudanças significativas em todas as cadeias de suprimentos.
"Cadeias de suprimentos modernas são vulneráveis. Atrasos de transporte, roubo, desastres naturais, mau tempo, ataques cibernéticos e problemas de qualidade inesperados podem interromper o fluxo de carga, gerando custos de curto prazo e desafios de entrega", acrescentou Shehrina Kamal, diretora de inteligência de risco do Resilience360. "O Resilience360 se esforça para entender esses riscos e obter um entendimento comum de como eles impactam as cadeias de suprimentos em países, regiões, indústrias e organizações de maneiras mensuráveis."
Principais causas de interrupção na América Latina e no Caribe
Em 2018, o maior número de incidentes ocorreu no Brasil (21,19%), Argentina (13,9%), Chile (12,6%) e Colômbia (7,9%). Contabilizando quase metade de todos os incidentes, a maioria dos eventos prejudiciais foi causada por distúrbios civis, problemas de transporte terrestre e incidentes trabalhistas.
O roubo de cargas foi uma ocorrência comum em toda a região, e as interrupções no transporte de carga foram causadas por ações da companhia aérea LAN Express em abril e a greve da Aerolineas Argentinas no G20 em novembro. Terremotos e roubos de carga foram responsáveis por mais de dois terços de todos os eventos de alto impacto registrados na região. Além disso, desastres naturais menores e moderados, como inundações, erupções vulcânicas e terremotos, afetaram a região, especialmente no Chile, Peru, Equador, Nicarágua e Guatemala.
Os resultados detalhados de 2018 e uma visão geral dos desafios futuros em 2019 estão disponíveis no relatório completo, que pode ser baixado em resilience360
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