Brado realiza primeira operação ferroviária de algodão para exportação via Porto de Itaguaí

A Brado transportou, pela primeira vez no Brasil, algodão de fazendas em Mato Grosso até o porto de Itaguaí (RJ), utilizando a ferrovia para exportação. A operação, realizada no início de julho, teve como destino final Bangladesh, via terminal Sepetiba Tecon.

Segundo Ronney Maniçoba, gerente de Vendas da Brado, “essa nova rota representa um marco logístico no país, destacando o potencial para diversificar trajetos, portos e modais de transporte, com foco em sustentabilidade, segurança e qualidade de serviço.” A operação foi possível graças à colaboração de parceiros como MRS, Maersk, Sepetiba Tecon e Cargill, que cedeu a carga para essa operação teste.

Com a parceria entre Brado e MRS, cada viagem evitará a emissão de aproximadamente 177 toneladas de CO2, equivalente à emissão anual de 38 veículos. Seriam necessárias 1.264 árvores para absorver essa quantidade de carbono.

A operação de teste transportou 40 vagões, com 40 contêineres carregados com mais de mil toneladas de pluma de algodão. Ellen Molina, gerente Multimodal da Cargill, destacou que “descarbonizar a cadeia de suprimentos é essencial para aumentar a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.”

A logística começou com o transporte rodoviário da pluma das fazendas de Mato Grosso até o terminal da Brado em Rondonópolis (MT), onde ocorreu o crossdocking. Em seguida, os contêineres seguiram por 1.392 km até Sumaré (SP), e depois por mais 568 km pela MRS até Itaguaí (RJ).

Marcelo Jesus, gerente de Carga Geral da MRS, afirmou que essa parceria reforça a inovação e eficiência da logística ferroviária no Brasil. Guilherme Vidal, gerente-geral do Sepetiba Tecon, destacou a infraestrutura ferroviária e de armazenamento do terminal, que garante alta produtividade nas operações.

Com 19% de market share no transporte de algodão no Brasil e 29% em Mato Grosso, a Brado consolida sua relevância na cadeia logística do algodão. Erai Maggi Scheffer, diretor-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), ressaltou o papel da diversificação de modais e portos no escoamento da produção.

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