Log-In Lança Programa ReIntegrar No Mar para Abordar Escassez de Profissionais Marítimos
Programa ReIntegrar no Mar visa reintegrar profissionais em tempo recorde, aumentar a mão de obra qualificada na frota e potencializar o desenvolvimento técnico
O baixo número de profissionais marítimos é um desafio crescente para o mercado de navegação. Dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Vanzolini e pelo Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura Portuária da USP (Cilip) indicam que, até 2030, serão necessários 4 mil novos oficiais da Marinha Mercante.
No Brasil, a certificação dos profissionais marítimos é realizada exclusivamente pela Marinha, através das Escolas de Formação de Oficiais de Marinha Mercante (EFOMM), o Ciaga (Rio de Janeiro-RJ) e o Ciaba (Belém-PA). Esses cursos, que incluem três anos de estudo e até dois anos de prática a bordo, oferecem um número limitado de vagas, insuficiente para atender à demanda crescente do mercado brasileiro.
Além da formação inicial, a Marinha é responsável pelos Exames de Revalidação para Oficiais de Náutica e de Máquinas (ERON/EROM). Esses cursos, que possuem poucas vagas, podem levar até nove meses para serem concluídos. Essa escassez de oficiais, especialmente de Máquinas e Náutica, tem dificultado a contratação pelas Empresas Brasileiras de Navegação, impactando negativamente o crescimento da cabotagem.
Para mitigar os efeitos dessa escassez, a Log-In Logística Integrada lançou o Programa ReIntegrar No Mar. Este projeto visa permitir que 1º Oficial e Chefe de Máquinas com certificações expiradas retomem suas atividades de navegação. Segundo Andréa Simões, Diretora de Gente, Cultura e Transformação Digital da Log-In, "a falta de mão de obra pode prejudicar drasticamente o desenvolvimento do segmento, podendo causar a redução das operações e interrupção da possibilidade de expansão de frotas. Cabe não só às grandes organizações oferecerem alternativas que ajudem a lidar com esse cenário, como é o caso deste projeto, mas principalmente às autoridades responsáveis buscarem soluções para sanar este problema."
Paula Oliveira, Gerente de Consultoria Interna da Log-In, destaca a agilidade do programa: "Em apenas três meses, na modalidade de estágio, a Log-In consegue apoiar na reintegração e revalidar as certificações desses profissionais em tempo recorde, gerando equipes de maquinistas ainda mais qualificadas para a frota da companhia."
Os participantes do projeto serão designados para os navios da Log-In, recebendo uma experiência completa nos serviços de cabotagem e longo curso. Serão disponibilizadas duas vagas: uma para 1º Oficial e uma para Chefe de Máquinas, com salário integral e benefícios como planos de saúde e odontológico, acesso a programas de bem-estar, e auxílios como Gympass, vale transporte e vale alimentação.
Após o período de estágio, a Log-In poderá oferecer um contrato de permanência por 18 meses, baseado nos resultados das avaliações durante o programa. "O compromisso com o desenvolvimento do nosso time já é marca registrada da Log-In. Acreditamos que valorizar e despertar oportunidades para pessoas engajadas é o caminho para fomentar um mercado cada vez mais competitivo", afirma Andréa.
Processo Seletivo
Para participar do programa, os candidatos devem ter Ensino Superior Completo, Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) para revalidação, experiência prévia em navios e, preferencialmente, experiência com contêineres. Além disso, é necessário ter os comprovantes de vacinação das quatro doses contra a Covid-19 e o Certificado Internacional de Febre Amarela.
As inscrições devem ser realizadas até o dia 30 de julho, na página da Gupy, através do link. Após a análise dos cadastros, os selecionados passarão por entrevistas com a equipe de Recursos Humanos e a Gestão, recebendo posteriormente a Carta Proposta e, por fim, a conclusão da contratação.
Andréa vê o programa como uma oportunidade significativa para destacar os desafios do setor e reintegrar profissionais ao mercado. "Esta iniciativa é o primeiro passo não apenas para suprir as atuais necessidades de mão de obra, mas também para reconhecer a importância dos marítimos para a eficiência operacional de nossos navios e de toda a cadeia marítima", conclui.
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