A empresa australiana Fortescue anunciou nesta quarta-feira (17) que as obras de terraplanagem da planta de hidrogênio verde, a ser construída no Complexo do Pecém, deverão começar até o fim deste ano. Em comunicado, a empresa destacou que o projeto recebeu o apoio da diretoria por meio de uma decisão antecipada de investimento e atualmente encontra-se na fase de viabilidade. Este projeto é considerado prioritário no portfólio global da Fortescue, alinhando-se com seu objetivo de descarbonizar a indústria.

A Fortescue está finalizando as definições e ajustes do projeto de engenharia, essenciais antes de iniciar a preparação da área da planta, sempre cumprindo todas as normativas socioambientais. Além disso, a Fortescue está em diálogo com fornecedores atuais e potenciais para detalhar o projeto e avançar na contratação de serviços e produtos locais necessários para o desenvolvimento da planta.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Salmito Filho, destacou a importância do projeto para o estado: "Estamos confiantes, e é com grande orgulho que afirmo, que o Ceará está na vanguarda da revolução do hidrogênio verde. O governador Elmano de Freitas tem se empenhado pessoalmente, e nosso estado tem se destacado não apenas pela sua localização geográfica privilegiada, mas também pela capacidade de inovação e compromisso com a sustentabilidade."

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Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo do Pecém, celebrou o anúncio: “Estamos muito felizes com esse anúncio da Fortescue e acreditamos que, com o andamento da regulamentação do hidrogênio verde no Brasil, as empresas que têm pré-contrato conosco possam fazer suas decisões finais de investimento e iniciar as obras aqui no Pecém. O hub de hidrogênio verde vai mudar a economia do Estado, impactando muitas gerações de cearenses.”

Sebastián Delgui, gerente regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina, comentou sobre o avanço regulatório: “O Brasil fez um importante avanço na regulamentação de uma indústria que protagonizará a descarbonização e a transição energética nacionais, passos fundamentais para a neoindustrialização verde da economia brasileira. A cadeia de valor do H2V abrange todo o país e beneficiará diversos setores industriais, como fertilizantes, cimento, aço e aviação, por exemplo. O Brasil está no rumo certo.”

A planta da Fortescue será desenvolvida no Setor 2 da ZPE Ceará, em três fases: Fase 1 e 2 – 1.200 MW, e Fase 3 – 900 MW. O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia a partir do consumo de 2.100 MW de energia renovável. Segundo o Estudo de Impacto Ambiental, o projeto deve gerar cerca de 5 mil empregos durante a fase de construção.

Com esses investimentos e o forte apoio governamental, o Complexo do Pecém e o estado do Ceará se posicionam como líderes na produção de hidrogênio verde, uma peça-chave na transição para uma economia mais sustentável e de baixo carbono.