Após estabilidade no primeiro trimestre, volume de fretes volta a crescer e chega a aumento de 13,9% no semestre, revela Frete.com

O volume de fretes rodoviários registrou um aumento de 13,9% no primeiro semestre de 2024 no Brasil, em comparação ao mesmo período de 2023. O aumento chega após um primeiro trimestre estável, quando houve somente 0,5% de crescimento. Os dados foram coletados pela Frete.com.

Entre janeiro e junho deste ano, foram publicados mais de 4,8 milhões de fretes na plataforma. Houve crescimento em todos os setores analisados pela plataforma, com o agronegócio registrando aumento de 13,7%, construção civil com 19,3% e produtos industrializados com 7,2% de crescimento.

“Estamos sempre buscando formas de tornar o processo de busca e contratações de fretes mais rápido e eficiente, o que refletiu no aumento do volume registrado neste primeiro semestre. Recentemente lançamos novas funções em nossa plataforma, com Inteligência Artificial, que tornam as contratações mais certeiras, com indicações de caminhoneiros mais propícios a fechar os fretes, além de uma otimização na precificação dos fretes, o que tem ajudado as transportadoras a lucrarem mais. Além das funções de segurança, que tornam o processo de contratação de fretes menos arriscado, caso realizado dentro de nossa plataforma”, destaca Federico Vega, CEO da Frete.com.

O crescimento de 13,7% no setor do agronegócio foi puxado pela soja, que registrou um aumento de 52,9% neste primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. A oleaginosa representa 28% dos fretes do agronegócio publicados na plataforma da Frete.com.

Apesar dos graves problemas climáticos que afetaram a produção no Sul do País, as exportações de soja do Brasil registraram alta de 2,23% no primeiro semestre de 2024, atingindo 64,15 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Os fretes de milho também se destacaram, com aumento de 7,8%, sendo que representam 13% das cargas do agronegócio publicadas na plataforma. A colheita de milho segue avançada no País, principalmente no Mato Grosso, o maior Estado produtor do grão.

Já os fretes de fertilizantes, que representam 18% dos fretes do agronegócio publicados na plataforma, tiveram queda de 3,8%. De acordo com dados da Agência Nacional para a Difusão do Adubo (Anda), entre janeiro e abril de 2024, o Brasil importou 10,4 milhões de toneladas do produto, sendo o pior número desde 2021, quando chegou ao patamar de 9,4 milhões de toneladas.

“Apesar de problemas nas safras, por conta das fortes chuvas do início do ano, principalmente no Rio Grande do Sul, que viveu uma grande tragédia, o agronegócio ainda conseguiu demonstrar a sua força, puxando o crescimento do volume de fretes no semestre. A soja é sempre um destaque, já que movimenta diversos fretes pelo Brasil todo”, afirma o CEO da Frete.com.

No setor de construção civil, o destaque fica para os fretes de cimento, que tiveram crescimento de 34,1%. O produto representa 62% dos fretes do setor publicados na Frete.com.

O estado de Minas Gerais é o principal fornecedor de cimento e registrou aumento de 34,3% nos fretes do produto. Lá estão concentrados 65% de todos os fretes de cimento da plataforma.

“O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) divulgou que o setor produziu 30,6 milhões de toneladas de cimento no primeiro semestre de 2024, um crescimento de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023. Isso demonstra que, mesmo com um cenário econômico incerto, com juros altos e endividamento de famílias, o setor de construção civil não parou de crescer e deve continuar desta forma nos próximos meses”, comenta Federico Vega.

Entre os produtos industrializados, os alimentícios tiveram crescimento de 9,3% e as máquinas e equipamentos com 7,8% de aumento. Porém, a produção industrial registrou decréscimo de 0,3% no semestre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fretes por estados

Entre as regiões, o Centro-Oeste foi o que mais apresentou crescimento, com 25,3%, seguido do Sudeste (15,6%), Sul (9,1%) e Nordeste (2,9%).

O Mato Grosso do Sul teve a maior alta (50,6%), seguido de Santa Catarina (23,1%), Mato Grosso (22,4%), Minas Gerais (21,9%) e Goiás (18,6%). O Rio Grande do Sul, por conta das inundações, acabou registrando uma queda no volume de fretes de 2,3%.

“Pudemos perceber que o Rio Grande do Sul ainda está caminhando para se reestruturar, o que é demonstrado no volume de fretes. Porém, os outros estados seguem com crescimentos, com a soja e o milho puxando o aumento em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, complementa o CEO da Frete.com.

Metodologia

Os dados têm base no fluxo de dados da Frete.com. Com mais de 900 mil caminhoneiros cadastrados e 25 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 99% do território nacional.


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