Fretes abusivos e falta de containers prejudicam comércio exterior brasileiro
Mesmo com valores de frete quase cinco vezes maiores que antes da pandemia e atrasos dos navios, ES Logistics prevê alta procura por transporte internacional
As empresas e indústrias brasileiras estão enfrentando grande dificuldade no transporte de insumos e mercadorias: com a paralisação das operações em 2020, devido a pandemia da COVID-19, muitas rotas foram interrompidas e os containers, usados para transportar as mais diversas mercadorias, ficaram espalhados pelo mundo.
“Com as rotas interrompidas pela pandemia, houve uma desorganização no processo logístico mundial. E a alta demanda de medicamentos, mercadorias e equipamentos hospitalares impediu a volta da normalidade, fazendo com que muitos containers não voltassem mais para o Brasil”, explica o diretor da ES Logistics, Fabiano Ardigó.
Segundo o Ministério da Economia, a balança comercial registrou um superávit de US$ 9,291 bilhões em maio - o saldo positivo é registrado quando as exportações superam as importações. De acordo com o governo, esse é o maior superávit comercial para maio desde o início da série histórica do Ministério da Economia, em janeiro de 1989.
Com o mercado aquecido e a alta demanda, os custos também explodiram. Em janeiro desse ano, o frete da China para o porto de Santos chegou a US$9 mil – quase R$50 mil. “O valor é quase cinco vezes maior do que a tarifa cobrada normalmente, antes da pandemia”, explica Ardigó.
Além da alta dos preços, o atraso e mudança nas escalas dos navios não permitem um planejamento da produção do país. “Esse cenário impacta diretamente no valor final dos produtos, tanto nos importados quanto exportados. Muitos produtos estão à espera do embarque, porém demoram mais de três a quatro semanas para encontrar espaço nos containers e navios disponíveis”, afirma. “Os valores dos fretes estão aumentando mensalmente, e os orçamentos têm validade de dois a três dias, o que traz mais dificuldade para agendamento e programação dos fretes”, completa Ardigó.
A ES Logistics já está com uma grande demanda para exportação nos próximos meses. Especialista em afretamentos marítimos e aéreos, transporte de parques fabris completos e a movimentação de cargas superpesadas, a empresa registrou aumento de 100% no share nacional de embarques em 2020. A expectativa é aumentar o volume de containers negociado pela empresa em 30% até o final desse ano.
A ES Logistics faz parte do ranking dos maiores agentes de cargas do Brasil, ocupando o 10º colocado na importação e 8º lugar na exportação no país. A empresa é membro da rede de agentes independentes WCA, WCA PHARMA, CLC, certificação ISO 9001 e GDP (Good Distribution Practices)
Notícias do dia
-
Logística
A Jornada Sustentável da CEVA Logistics Rumo à Descarbonização
-
Logística
Kuehne+Nagel anuncia nova frota de veículos elétricos para operações last mile no Brasil
-
Terminais
APM Terminals Suape conclui compra de equipamentos para terminal 100% eletrificado em...
-
Marítimo
SITA desembarca no setor marítimo com lançamento do SmartSea
-
Logística
Novo Gateway alfandegado DHL no aeroporto de Viracopos
-
Mercado
Sob Consulta, Volvo Oferece Caminhões FH para Rodar com 100% de Biodiesel
Seja o primeiro a comentar
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Guia Marítimo. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.