Fortescue reafirma compromisso para instalar usina de Hidrogênio Verde no Pecém
Na quarta-feira (09/11), em sua primeira agenda na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, a governadora Izolda Cela se reuniu com o CEO da Fortescue Future Industries (FFI), Andrew Forrest, e assinou uma emenda ao Memorando de Entendimento (MoU) com a multinacional australiana. O documento reafirma a intenção da companhia em implementar uma usina de Hidrogênio Verde no Porto do Pecém. Em junho deste ano, o Governo do Estado já havia assinado um pré-contrato com a Fortescue. A previsão é gerar 2.500 empregos na fase de construção e 800 durante a operação da unidade, que terá investimento de 6 bilhões de dólares.
“Trata-se de um projeto vigoroso. Uma planta muito robusta, de uma empresa que tem um potencial muito grande e está engajada nessa transição energética. Isso vem fortalecer toda uma ação sistêmica que o Estado vem fazendo para se colocar nesse movimento de ser a casa do Hidrogênio Verde. Temos potencial para isso, tanto da natureza como de nossa infraestrutura”, citou a governadora Izolda Cela, que estava acompanhada do secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior; do presidente do Porto do Pecém, Danilo Serpa; e do secretário de Relações Internacionais, César Ribeiro.
Reafirma a dedicação em tornar o projeto do Pecém uma prioridade e continuar os estudos de viabilidade que estão em curso há 1 ano e meio. Na Emenda do MoU, o Estado do Ceará também reafirma os esforços para incentivar investimentos de grande escala para o desenvolvimento de um Hub de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém, com segurança jurídica. Além disso, o governo local apoiará a disponibilização de terrenos para o projeto, inclusive para abrigar linhas de transmissão e subestações para acesso ao ponto de conexão da rede.
“A assinatura de mais esse compromisso é de uma relevância enorme para o Ceará. Estar presente na COP27 e poder firmar mais esse acordo com a Fortescue nos dá a certeza de que o Ceará se tornará um dos maiores produtores de Hidrogênio Verde do Mundo. O povo cearense tem muito a ganhar com esse desenvolvimento, que trará mais oportunidades pro nosso estado”, ressaltou Maia Júnior.
Participaram da cerimônia em Sharm El Sheikh, no Egito, o presidente e fundador da Fortescue, Andrew Forrest; o presidente da FFI América Latina, Agustín Pichot; o presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa, os secretários executivos da Casa Civil e da Sedet, Célio Fernando Melo e Roseane Medeiros; e o Assessor de Assuntos Internacionais, César Ribeiro.
“Tenho a satisfação de continuar trabalhando em conjunto com o Governo do Ceará e as autoridades do Porto do Pecém. Nossa colaboração contínua será vital para avançar no desenvolvimento de uma indústria de hidrogênio verde e tornar o Projeto FFI Pecém uma realidade. Esta é uma excelente oportunidade para explorar o potencial estabelecimento de indústrias verdes de grande escala, que impulsionarão o crescimento e criarão muitos empregos para a economia brasileira”, disse Agustín Pichot, presidente da Fortescue Latin America.
“Essa assinatura com a Fortescue, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, mostra que a empresa tem demonstrado cada vez mais interesse em investir numa unidade fabril de hidrogênio verde no Pecém. É algo que nos deixa muito entusiasmados. O Complexo do Pecém tem muito potencial, uma vez que, além de ter o Porto de Roterdã como parceiro, tem um terminal portuário de classe mundial e uma zona de processamento de exportação que foi a primeira a operar no Brasil”, conclui Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém (CIPP S/A).
Desde que foi lançado, o Hub de Hidrogênio Verde do Ceará, em fevereiro de 2021, foram assinados 24 Memorando de Entendimento com empresas que pretendem produzir hidrogênio verde e seus derivados no Complexo do Pecém.
O projeto da Fortescue é um dos mais adiantados. Será alimentado por Contratos de Compra de Energia Renovável (PPAs) para a produção de hidrogênio verde e outros produtos verdes. A água utilizada no processo de eletrólise será proveniente de uma nova usina de dessalinização ou reúso de água.
Atualmente, o projeto está em fase de viabilidade, onde estão sendo realizados estudos de engenharia, impacto ambiental e social para identificar oportunidades viáveis de produção de hidrogênio verde na região, protegendo a biodiversidade e garantindo oportunidades para as comunidades locais.
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