Logística 4.0

Do Suplly Chain ao Last Mile Perdas e ganhos da ruptura tecnológica

Em 1908 a Sears Roebuck & Co. lançou o seu primeiro catálogo anual de vendas via correio. As mais de 1.000 páginas ofereciam basicamente tudo o que as famílias, suas casas, negócios e fazendas necessitavam. As ofertas iam de vestidos de baile a pianos, material de construção, tratores e carroças. 

O último catálogo da Sears, nessa modalidade de vendas e entregas, foi publicado em 1993. 

Essa estratégia de marketing e vendas só funcionou por conta dos enormes esforços empenhados na oferta e organização logística de terceiros. Desde o suprimento à entrega a Sears fez uso e organizou os provedores de logística da época para atender ao seu cliente. O sistema incluía também a logística reversa no caso da devoluções da mercadoria comprada.

O modelo fez tanto sucesso que o mercado dos EUA se tornou o mais consumidor do mundo e acostumou-se a comprar de tudo na Sears e seus seguidores. Com o passar dos anos a Sears foi mudando a sua estratégia. De forma também pioneira, montou uma cadeia de enormes lojas ancora nos principais Shopping Malls do país. Entendeu a nova dinâmica do mercado, a sua mobilidade e organizou de outra forma as vendas e, novamente, a sua logística.

Desde o primeiro catálogo de vendas pelo correio, esse grupo entendeu a importância da logística no processo.

A confiabilidade era dada através do conhecido lema “A sua satisfação garantida ou o seu dinheiro de volta”. Ou seja, logística, contra logística e meios de pagamento de débito e crédito foram criados para atender a esse lema. Foram os pioneiros no enraizado hábito de comprar com o direito de devolver, sem questionamento, qualquer produto no território Norte Americano. A logística reversa chega a 40% dos pedidos online nos dias de hoje.

Acreditavam em inovação. Em 1993, a Sears convidou o General William Gus Pagonis, lendário diretor de logística da Operação Tempestade no Deserto da Guerra do Golfo de 1991, para Vice-Presidente de Logística da empresa.

Porém, a empresa, que teve no início do século passado um impacto sobre o varejo similar ao que a Amazon tem nos dias de hoje, percebeu tardiamente a nova dinâmica do mercado online.

Hoje, com ainda 300 lojas nos principais Shopping Malls americanos, a empresa acaba de ser incluída entre as empresas de varejo que pediram recuperação judicial. As tentativas de migrar o modelo de uma das principais empresas de varejo para vendas online falhou, por enquanto.

A Amazon, Alibabá e outros, que investem pesadamente em digitalização e em parcerias na logística, são atualmente as que estão rompendo os paradigmas com impacto similar ao da Sears em 1908.

O conceito de fazer uso da tecnologia para centrar o foco no cliente voltam a ser priorizados, porém desta vez com o auxílio do Blockchain, IoT, IA, RA, Veículos Auto-Guiados, Drones, e milhares de softwares criados para conectar o mercado.

O exemplo da Sears é apenas um entre os milhares. Muitas empresas estão sendo afetadas pelas novas práticas que a tecnologia oferece ao mercado.

Parcerias com IBM, Accenture e outras similares estão tomando um ritmo nunca antes visto.

O Guia Marítimo sempre se orgulhou de antecipar e incentivar a discussão dos movimentos de ruptura. Estamos novamente a postos.

Observamos as mais diversas empresas de logística desenvolvendo, cada uma a seu modo, novos paradigmas para conseguir atender o mercado global com cada vez mais segurança, rapidez e precisão, a custos cada vez menores.

Observamos, também, que quase 90% dos usuários, seja indústria ou varejo, ainda não estão atualizados com as mudanças. O trabalho de digitalização das empresas de logística está avançado, porém, ainda sem definição clara de quem conseguirá encontrar o modelo vencedor. As empresas investem em parcerias ou até em clusters de startups para transformarem as inovações tecnológicas em ferramentas de solução inovadora.

Resolvemos por tudo isso em discussão e abrir uma nova vitrine para expor essa realidade. Vamos descobrir juntos como será a logística conectada do futuro. Quem será a nova Sears?

Apresentamos, portanto a Logitech.

Iremos, novamente, coordenar fóruns de discussão sobre quais os caminhos que a ruptura dos paradigmas da logística nos levarão pelos próximos 5 anos ou mais.

O Grupo Guia Marítimo é especializado na discussão provocativa e ampla da logística.

O nosso conceito inovador será de levar essa discussão para dentro dos principais eventos que já concentram os usuários de cada setor. Esse casamento visa informar e sensibilizar as partes para que se antecipem ao que vem por aí.

A primeira Logitech será dedicada ao setor farmacêutico e de cosmética que está entre as que tem os maiores desafios no supply chain, last mile e controle de qualidade.

A Logitech Science acontecerá entre 21 e 23 de maio de 2019 na FCE Pharma 2019 em São Paulo, numa vencedora parceria com a Nürnberg Messe Brasil.

Na primeira Logitech, uma conferência e exposição, mostrará e debaterá o impacto que a tecnologia 4.0, empregada pelas empresas de transporte e operadores logísticos de todo o mundo, causará na melhoria e oportunidades de negócios para a indústria farmacêutica e de cosméticos.

Muito além do conforto e segurança que a Logística 4.0 trará para todos envolvidos, estimam-se economias que poderão chegar a até 40%.

Acompanhe-nos e atualize-se. A LOGITECH SCIENCE 2019 será palco para mitigar riscos e potencializar as oportunidades do seu negócio.

2 Comentários

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    Marco Pugliesi

    18/01/2019 00:13

    Artigo muito interessante Parabéns
    Marco Pugliesi
    https://www.logisticaavancada.com.br/

  • M
    denuncie

    Martin von Simson

    18/01/2019 22:15

    Obrigado, Marco.
    Continue seguindo a https://www.fcepharma.com.br/pt/sobre-a-logitech-science onde vamos concentrar as discussões e notícias da ruptura de paradigmas que a digitalização está provocando na logística.