Eficiência: Brasil investe na construção e manutenção de ferrovias
Máquina austríaca já trabalha para recompor estrutura
Mais do que necessário e modal imensamente importante para o transporte de mercadorias, o Brasil parece estar dando mais atenção as ferrovias. Com o objetivo de melhorar sua eficiência logística em todas as regiões, máquinas gigantes, conhecidas como desguarnecedoras já estão realizando esse trabalho. Capaz de levantar os trilhos, raspar a base e recompor a estrutura sem sair da linha férrea, uma dessas desguarnecedoras vem sendo operada pela Rumo, na região de Londrina (Norte do Paraná).
A máquina austríaca da marca Plasser & Theurer custou R$ 20 milhões e trabalha há três anos. Com 25 metros de comprimento e 63 toneladas, funciona com quatro vagões para coleta de resíduos, somando ao todo 125 metros. “Com a desguarnecedora, a manutenção da ferrovia pode ser feita com investimento de R$ 200 por metro. Sem o uso da máquina, esse custo tende a ser cinco vezes maior”, compara o coordenador de Operações da Rumo na Malha Sul, Arsildo Warken.
De acordo com ele, a máquina entra em ação sempre que possível. “Como ela exige a interdição da ferrovia, normalmente durante todo o dia, temos que programar a manutenção dos trechos mais utilizados para os períodos de entressafra agrícola, que são de menor movimentação de cargas”, explica.
Equipes de aproximadamente vinte trabalhadores realizam simultaneamente o desguarnecimento e o reparo nos trilhos bem como troca de dormentes inservíveis. Depois da passagem da desguarnecedora, uma socadora realiza a correção geométrica da linha restaurada, que logo voltará a receber trens carregados de produtos agrícolas e industriais.
A ação do tempo e a passagem dos trens faz com que as ferrovias estejam permanentemente em manutenção. Nas regiões de solo arenoso, as chuvas “contaminam” mais facilmente a base das ferrovias. O trabalho da desguarnecedora da Rumo deixa a linha férrea em boas condições para o tráfego por um longo prazo, que pode passar de cinco anos.
Até setembro, a máquina deve permanecer na região de Londrina. Na sequência, deve ser encaminhada para a manutenção de trechos ferroviários entre Maringá e Ponta Grossa. Em operação contínua, a desguarnecedora austríaca da Rumo reforma até 150 metros lineares de ferrovia por hora.
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