First e last mile: os desafios de cada etapa da logística
Com o aumento no número de entregas, as duas principais fases da logística têm demandado atenção especial das empresas
À medida que as operações de e-commerce se intensificam no Brasil e a concorrência fica ainda mais acirrada, o setor de logística precisa encontrar meios de se reinventar. Para isso, é necessário analisar os desafios de duas etapas extremamente importantes do processo logístico: "first-mile", ou primeira milha - quando a carga sai do centro de distribuição e vai para a loja -, e "last-mile", ou última milha, quando vai da loja até a casa do cliente.
A inserção de tecnologia tem se mostrado muito importante na logística. Quando analisamos os desafios do first-mile, é necessária a utilização de soluções flexíveis, que tem como objetivo melhorar os processos ao invés de engessá-los, além de proporcionar uma visão ampla de todo o cenário. Por esta razão, é essencial que haja um investimento em uma plataforma completa e de fácil integração, que seja responsável pelo gerenciamento de fluxos, alertas e indicação de falhas e demonstração do desempenho de cada etapa.
Brian York, fundador e CEO da Liftit, plataforma tecnológica de automação e execução de entregas last-mile em caminhão e líder na América Latina, entende que o processo de última milha é ainda mais desafiador nos dias de hoje. "Atendemos diversos tipos de cliente e cada um deles possui uma particularidade específica com relação ao produto. Trabalhamos desde a entrega de material de construção até itens mais sensíveis, como alimentos, que precisam de manuseio específico para não sofrerem danos. Ou seja, também é um grande desafio treinar os responsáveis pela entrega", afirma o executivo.
Um dos principais indicativos de qualidade da entrega é o fato de ela ser feita dentro do prazo estabelecido, o que é um grande desafio da last-mile, considerando o atual cenário brasileiro. Para isso, é essencial planejar o processo de entrega para evitar imprevistos e também saber como agir quando eles acontecerem. Outra ressalva com relação à last-mile é mensuração do desempenho logístico, que nem sempre é realizada, fazendo com que as empresas não saibam se suas operações estão se tornando mais eficientes com o passar do tempo. Ao comparar a performance das entregas com o que estava previsto no planejamento, é possível avaliar onde é preciso fazer ajustes e onde as atividades já estão funcionando como o esperado.
Hoje, no Brasil, existem mais de 1,9 milhão de veículos de carga trafegando com os mais diversos produtos. "Garantir que o processo seja cuidado e analisado de ponta a ponta permite não só a satisfação do cliente, mas também ganho de eficiência na operação, eventuais reduções de custos e uma melhora geral na performance econômica da companhia", finaliza York.
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