A Craft anunciou a inauguração de novos hubs de carga no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Esses hubs representam um avanço estratégico, permitindo centralizar e otimizar as operações de importação e exportação da empresa no Brasil.

Os novos hubs da Craft unificam as cargas de importação provenientes da Ásia, Estados Unidos e Europa, centralizando-as no Brasil antes de distribuí-las para outros destinos na América Latina. Antes, cada localidade exigia um embarque separado, resultando em remessas consolidadas menores. Com a nova estrutura, é possível concentrar maiores volumes de carga, permitindo a negociação de tarifas mais competitivas.

Gabriel Blasi, gerente de exportação aérea da Craft, explica que a implementação desse fluxo de carga era um objetivo antigo da empresa devido ao volume significativo de negociações comerciais. "Com a instrução normativa da Receita Federal, editada em dezembro de 2022, pudemos finalmente concretizar esse projeto. Quanto maior o volume de carga, melhores são as condições de negociação e tarifas, trazendo benefícios tanto para as importações já em operação quanto para futuras exportações," afirma Blasi.

A confiabilidade do frete aéreo é uma das suas principais vantagens. Embora os horários de partida possam ser afetados por condições climáticas, a presença de voos diários facilita os embarques. Segundo um estudo da Mordor Intelligence, o setor de frete aéreo tem crescido consideravelmente no Brasil, oferecendo benefícios como maior agilidade e segurança na movimentação de produtos, além de servir 59 destinos regulares internacionais.

Os aeroportos de Guarulhos e Viracopos foram escolhidos estrategicamente para a instalação dos hubs devido às suas localizações e infraestruturas adequadas para operações de importação e exportação. O novo Terminal Logístico de Viracopos, concluído em abril, é o maior complexo de carga aérea do Brasil, com capacidade para processar até 9,5 mil toneladas por mês.

A operação dos novos hubs foi possibilitada pela instrução normativa da Receita Federal (Portaria ALF/GRU Nº 46 e Nº 76), que autoriza a baldeação internacional. Essa normativa permitiu à Craft começar a operar nos dois pontos em São Paulo após um processo de aprovação que levou cerca de um ano.

Esse fluxo é exclusivo para empresas que atuam como agentes de carga no Brasil e estão regularmente habilitadas. Blasi destaca que a Craft conseguiu se adaptar bem a esse novo cenário devido à sua estrutura robusta e forte presença na América Latina.

De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a América Latina teve um aumento de 9% no volume de frete em agosto de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021. Esse crescimento é impulsionado pela oferta de novas rotas e aumento de capacidade. A Mordor Intelligence projeta que a indústria de frete aéreo na América Latina crescerá de US$ 1,04 bilhão em 2024 para US$ 1,28 bilhão em 2029, com uma taxa de crescimento anual composto de 4,22%.

Para os clientes da Craft, os novos hubs significam tarifas mais competitivas, maior disponibilidade de serviços e tempos de trânsito reduzidos. Nathalia Bueno, gerente de importação aérea da Craft, explica: "O Brasil, devido ao seu tamanho, oferece uma gama maior de rotas e serviços em comparação a outros países da América Latina. Ao centralizar as cargas no Brasil e depois distribuí-las, a Craft assume o controle da operação, proporcionando uma solução mais eficiente e competitiva."

Nos últimos seis meses, a Craft já observou um aumento significativo no volume de cargas para países como o Paraguai, com cerca de 20 toneladas de importações em 75 embarques realizados em Guarulhos. A empresa espera que os novos hubs fortaleçam suas operações internacionais, oferecendo um serviço mais eficiente, competitivo e com maior alcance de destinos.