Cargill e CMA CGM embarcam algodão pela primeira vez no porto de Fortaleza
100 toneladas de fibra brasileira com certificação sustentável inauguram rota de exportação inovadora
Um embarque de 100 toneladas de algodão realizado a partir do Porto de Fortaleza marca o início de um novo fluxo de exportação para a Ásia. A Cargill e a CMA CGM, embarcaram quatro contêineres no Porto de Fortaleza (CE) com destino a Ho Chi Minh, no Vietnã.
A novidade amplia as possibilidades para deste tipo de embarque e reafirma o porto cearense como um canal estratégico, mesmo para volumes como este e para commodities cultivadas a mais de 800 km.
O algodão enviado para o Vietnã foi cultivado no Oeste da Bahia de acordo com a certificação BCI (Better Cotton Initiative), com metodologia que analisa impactos ambientais desde seu cultivo até o uso final. O trajeto traçado e operacionalizado pela CMA CGM deve ajudar a distribuir melhor os envios internacionais, pois estima-se que o Porto de Santos (SP) concentre 95% dos embarques internacionais do algodão brasileiro.
“Esse trabalho mostra a importância da logística estratégica para que o mundo consiga receber as commodities brasileiras no menor tempo possível. Esse foi apenas o primeiro embarque deste volume em Fortaleza, temos a perspectiva de novos envios em breve”, adianta Daniela Duarte, líder de Transportes Internacionais e Cabotagem da Cargill na América Latina. De acordo com ela, essa projeção acompanha os números esperados da safra em estados como Piauí, Maranhão e Tocantins. Para o futuro, a companhia espera expandir a mesma logística para atender à crescente produção de algodão em outras regiões o Noroeste da Bahia, Piauí e Maranhão.
“Este novo fluxo de exportação a partir do Porto de Fortaleza mostra nosso compromisso em oferecer alternativas logísticas que atendam às necessidades específicas de nossos clientes, proporcionando maior agilidade e eficiência no transporte de commodities brasileiras para o mercado internacional. Estamos comprometidos em continuar expandindo nossas operações no país, fortalecendo nossa presença e contribuindo para o crescimento do comércio”, afirma Neusa Marcelino, Diretora Geral da CMA CGM Brasil.
O campo brasileiro tem se confirmado como fornecedor global de commodities, sendo o maior exportador mundial da fibra. O tamanho do País é um desafio para quem deseja embarcar grãos e fibras para destinos como Europa e Ásia e desenvolver novas rotas de escoamento permite um transporte mais eficiente para toda a cadeia.
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