A Raízen e a Wärtsilä, uniram forças por meio de um Acordo de Descarbonização como objetivo reduzir as emissões no setor marítimo, explorando a aplicação do etanol como combustível de navegação.

A iniciativa visa contribuir substancialmente para a discussão sobre a transição energética global, oferecendo novas opções sustentáveis aos clientes e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

Paulo Neves, vice-presidente de Trading da Raízen, ressaltou o potencial do etanol como um combustível marítimo promissor e prontamente disponível. Ele afirma: "Ao colaborarmos com a Wärtsilä, esperamos apoiar os esforços globais de descarbonização do setor marítimo, com o Etanol sendo uma contribuição viável para um portfólio de soluções de baixo carbono".

Além de efetivamente reduzir a pegada de carbono associada à logística de produtos, as empresas estão buscando proativamente parcerias estratégicas com operadores de transporte marítimo que compartilhem a visão de descarbonização das embarcações.A Wärtsilä, por meio de seu programa de descarbonização de frota, já alcançou marcos significativos na busca por soluções sustentáveis para o mercado, melhorando a eficiência dos motores e apoiando a descarbonização das operações marítimas.

Os testes de etanol como combustível principal realizados nos laboratórios de motores Wärtsilä Sustainable Fuels e o apoio à Raízen em discussões com projetistas e armadores de navios, bem como em relação a regulamentações e requisitos de conformidade para o uso de etanol celulósico como combustível, são passos cruciais para impulsionar a integração de soluções de energia limpa no setor marítimo.

Stefan Nysjö, vice-presidente de fornecimento de energia da Wärtsilä Marine Power, destaca o compromisso contínuo da empresa em desenvolver tecnologias e soluções para combustíveis marítimos de baixo e zero carbono. Ele afirma: "Este acordo com a Raízen, empresa comprometida em apoiar a descarbonização do setor, é mais um exemplo de como buscamos formas de viabilizar a jornada rumo a um futuro descarbonizado".

A substituição de combustíveis fósseis por etanol produzido de forma sustentável no transporte marítimo pode reduzir as emissões de CO2 em até 80% em uma rota padrão do Brasil para a Europa, de acordo com estudos preliminares da Raízen. O etanol tem o potencial de ser uma solução viável para descarbonizar o setor, pois oferece flexibilidade e opcionalidade à medida que a indústria avança em direção a uma combinação de alternativas de combustíveis com menores emissões. Esta abordagem está alinhada com a Estratégia Inicial de GEE da Organização Marítima Internacional (IMO), que visa reduzir as emissões de carbono do transporte marítimo internacional em 40% até 2030 e 70% até 2050 em relação aos níveis de 2008.